Mercado de pratos prontos cresce no Brasil

Por Adriana Bruno

A busca por alimentos práticos, porém saudáveis é algo que vem moldando as mudanças tanto no comportamento de compras como no consumo das famílias no Brasil. Conveniência é palavra de ordem especialmente para quem tem pouco tempo para se dedicar ao preparo das refeições. Claro que com a pandemia da Covid-19, que trouxe o isolamento e o home office para a rotina diária,  as pessoas precisaram cozinhar, mas ainda assim sem abrir mão de praticidade. Para o fundador da Telos Resultados, Luiz Muniz, a indústria já vem se preparando para atender a demanda por pratos prontos e semi-prontos. “A indústria está investindo para ampliar a oferta desses produtos e isso já faz parte dos planos estratégicos de grandes produtoras de alimentos que visam aumentar sua participação nesse mercado”, comenta. Ainda segundo Muniz, esta é uma grande oportunidade tanto para o atacado distribuidor quanto para o varejo, porém alerta que ambos precisam se preparar para aproveitar a demanda reprimida e passar a oferecer produtos de alto valor agregado ao shopper. “O varejo precisa estar atendo às estratégias de comunicação e vendas desses produtos e o atacado distribuidor ao mix e às negociações, oferecendo boas condições para o varejo comprar e ampliando a oferta de produtos. Não dá para trabalhar com um mix pobre é preciso ter variedade”, orienta.

Ainda avaliando o cenário da pandemia, Roberto Vautier, especialista em varejo da AGR Consultores, comenta que devido ao isolamento forçado, as pessoas deixaram de ir ao mercado, a feira e se viram obrigadas a buscar alternativas de alimentação via delivery e compras online. “Em um primeiro momento, sem nenhuma perspectiva de melhora e com um alto nível de incertezas sobre o vírus, muitos se viram inseguros em consumir produtos com alto grau de manipulação (frutas, legumes e verduras) dando espaço para os chamados produtos prontos e semi prontos. A indústria notou essa oportunidade e buscou aperfeiçoar suas linhas de pratos, oferecendo variedades de sabor, formato e diferentes momentos de consumo”, analisa. Ele ainda diz que com o passar do tempo, ao longo da pandemia, a indulgência deu lugar a preocupação com saudabilidadde. “O que se viu foi uma enxurrada de produtos com zero teor de gordura, sem conservantes, sem lactose, veganos, orgânicos ou com redução de açúcares”, completa. Para ele, a partir de agora, com as pessoas voltando a frequentar o mercado e podendo novamente escolher seus produtos no varejo físico, a indústria de alimentos congelados, pratos prontos e semi-prontos deverá fazer um trabalho de fidelização, ressaltando os principais atributos da categoria como praticidade, conveniência e até a saudabilidade. “Tudo isso junto com uma exposição adequada no ponto de venda”, completa Vautier.

Hoje, o Brasil ocupa a sétima posição no mercado de alimentos e bebidas saudáveis no mundo com consumidores buscando aliar praticidade com a boa alimentação.

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