Cerca de 78% das empresas familiares brasileiras esperam ver crescimento em 2021

As metas de crescimento das empresas familiares no Brasil são ambiciosas para 2021 e 2022: o estudo Family Business Survey 2021, da PwC, aponta que 78% das empresas esperam ver crescimento já neste ano, perspectiva maior que os 65% dos entrevistados no mundo. Outros 85% dos participantes sinalizaram que o crescimento é esperado para o próximo ano, índice semelhante aos 86% registrados nas respostas globais.

A perspectiva positiva se deve ao forte desempenho no último ano financeiro (antes da Covid-19), no qual 63% experimentaram crescimento e apenas 13% registraram redução nas vendas. Os números brasileiros são mais otimistas do que em outros países – uma vez que, globalmente, 55% das empresas familiares cresceram, enquanto 19% encolheram. O relatório também destaca que as principais prioridades das empresas familiares brasileiras nos próximos dois anos são a expansão para novos mercados e segmentos de clientes, o aumento do uso de novas tecnologias e a digitização, o aprimoramento das capacidades digitais e a introdução de novos produtos e serviços.

“As empresas familiares responderam rapidamente aos desafios postos pelo Covid-19. Em março de 2020, havia muita incerteza sobre como responder ao novo cenário. As famílias foram buscar força e inspiração nos seus valores e propósito. Isso fez toda a diferença na velocidade e coerência da resposta à crise”, diz o líder de Empresas Familiares da PwC Brasil, Carlos Mendonça.
A pesquisa, feita com 2.801 participantes de 87 países (com 282 entrevistas realizadas no Brasil), traz ainda as percepções sobre o futuro das companhias, relação entre as gerações, impactos de ações sociais e digitização do negócio. As questões relacionadas à sustentabilidade estão mais abaixo na ordem de prioridade das empresas familiares brasileiras quando comparadas com as respostas globais.

Entre os dados apresentados, destacam-se os níveis de confiança, transparência e comunicação, considerados bastante elevados entre as empresas familiares brasileiras. Apenas 51%, porém, afirmam que há alinhamento da família na direção da empresa. Além disso, assim como entendem a importância da tecnologia, há evidências claras entre as empresas familiares brasileiras de que ter os valores da família na forma escrita se correlaciona fortemente com o sucesso e outros atributos positivos (incluindo boa comunicação, alinhamento familiar e transparência). Nesse sentido, 24% dos respondentes brasileiros afirmam ter um plano de sucessão em vigor robusto, documentado e comunicado. Entre as entrevistas internacionais, esse número é de 30%.

De acordo com a pesquisa, quase metade das empresas familiares brasileiras sente que tem a responsabilidade de combater as mudanças climáticas e suas consequências. No entanto, apenas 44% garantem que a sustentabilidade está no centro de tudo o que fazem, ante 49% globalmente. Em relação ao Brasil, apenas 39% dos entrevistados têm uma estratégia de sustentabilidade desenvolvida e comunicada, acima dos 37% apontados globalmente.

Crescimento

A pesquisa sugere que as empresas familiares resistiram à pandemia relativamente bem. Menos da metade dos participantes no mundo (46%) espera que as vendas caiam mesmo com a pandemia, e os entrevistados se declaram otimistas em relação à capacidade de seus negócios de resistir e continuar a crescer em 2021 e 2022.

No Brasil, o estudo da PwC indica que 23% dos respondentes estão se concentrando em proteger seu negócio principal, garantindo que sobreviva a essa fase. Em um prazo mais longo, 80% das empresas familiares brasileiras querem proteger o negócio como o bem mais importante da família, semelhante às respostas dos respondentes dos outros territórios.

Sustentabilidade

Em um ano em que as empresas tiveram que transformar a forma como atendem às necessidades da sociedade e do meio ambiente, as empresas familiares correm o risco de ficar para trás. Enquanto mais da metade (55%) dos entrevistados viram o potencial de seus negócios para liderar em sustentabilidade, apenas 37% têm uma estratégia definida em vigor. As empresas europeias e americanas estão atrás de suas contrapartes asiáticas em seu compromisso de priorizar a sustentabilidade em suas estratégias. Cerca de 79% dos entrevistados na China continental e 78% no Japão relataram colocar a sustentabilidade no centro de tudo o que fazem. Nos EUA, 23%, e, no Reino Unido, 39%. Negócios maiores e pertencentes a gerações posteriores também resistem à tendência, com mais foco na sustentabilidade.
No caso do Brasil, por exemplo, em uma lista de prioridades para os próximos dois anos, 21% dos entrevistados afirmam que pretendem aumentar a responsabilidade da companhia e 7% disseram ter a intenção de aumentar investimentos e atividades de forma a apoiar a comunidade local. Apenas 6% dos entrevistados afirmaram ter planos para reduzir as emissões de carbono nos próximos 24 meses.

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